Como Descobri Meu TDAH (E o Que Funcionou Para Mim)

Se você já sentiu que seu cérebro é tipo um carro de Fórmula 1, mas sem freios, bem-vindo ao clube! Quando fiz minha avaliação neuropsicológica, descobri que tenho Altas Habilidades (superdotação) junto com características do Espectro Autista (TEA leve) e TDAH hiperativo/impulsivo. Parece incrível no papel, mas na prática? É uma montanha-russa de cansaço, frustração e um estado de alerta eterno. Então, bora falar sobre o que realmente me ajudou a lidar com isso no dia a dia.

🎯 Meu Diagnóstico: O Que Descobri

Quando sentei para receber meu laudo, veio aquela mistura de alívio e confusão. Meu QI deu 130 (percentil 98), ou seja, muito acima da média. Minha velocidade de processamento? No topo (percentil 99). Minha memória visual? Excelente. Mas aí veio a pegadinha: minha atenção sustentada era só “ok” e minha impulsividade e dificuldade de planejamento estavam gritando.

O que isso significa na prática? Significa que meu cérebro trabalha rápido, mas nem sempre na direção certa. Começar algo novo é fácil, mas terminar… bom, já é outra história. Além disso, a ansiedade e o estresse de viver assim são um desafio constante.

🔥 O Que Me Ajudou a Lidar Com Tudo Isso

Se você se identifica com essa loucura mental, aqui vão algumas coisas que realmente fizeram diferença para mim:

1️⃣ Controle do Estado de Alerta 24/7 🛑

Meu cérebro parece que tá sempre pronto pra guerra. Então, aprendi a criar mecanismos para dizer pra ele: “Ei, relaxa aí, parceiro.”

• Evitar superestimulação – Tentei reduzir consumo excessivo de notícias, redes sociais e luz azul antes de dormir.

• Sons de fundo – Música calma, ruído branco e sons de chuva me ajudam a enganar o cérebro e sair do modo “luta ou fuga”.

• Ritual noturno – Nada de telas 1h antes de dormir, banho quente, chá de camomila e um diário para despejar pensamentos.

2️⃣ Ansiedade e Impulsividade: Como Reduzi Isso 🌊

TDAH e ansiedade andam de mãos dadas, e a impulsividade só piora o combo. Aqui estão algumas coisas que me ajudaram:

• Respiração fisiológica suspirada – Funciona assim: puxa o ar fundo pelo nariz, antes de soltar faz mais uma pequena inspiração curta, depois solta devagar pela boca. Faz isso 3x e já sente a diferença.

• Atividade física estratégica – Musculação, corrida ou qualquer exercício repetitivo são melhores do que atividades que exigem muita estratégia (tipo esportes competitivos, que podem até aumentar a ansiedade).

• Técnica de aterramento – Se a ansiedade bate forte, eu foco em:

  • 5 coisas que vejo

  • 4 coisas que posso tocar

  • 3 sons que ouço

  • 2 cheiros que sinto

  • 1 coisa que percebo no corpo

3️⃣ Trabalhando Melhor com um Cérebro Turbinado 🚀

Com um cérebro hiperativo e impulsivo, organizar o trabalho é um desafio. Algumas táticas que salvaram minha produtividade:

• Trabalho em blocos de tempo – Método Pomodoro (25 min de foco, 5 min de pausa) ajuda a manter o ritmo sem esgotar.

• Automação sempre que possível – Uso apps de produtividade para lembrar tarefas e reduzir a carga mental.

• “Manual de mim mesmo” – Descobri padrões do meu rendimento ao longo do dia e organizo meu trabalho conforme minha energia (manhã para foco, tarde para tarefas mais mecânicas).

4️⃣ Diminuindo a Exaustão Mental 😴

Cansaço mental não é frescura! Para não chegar no fim do dia moído, algumas coisas me ajudaram:

• Pausas obrigatórias – Não adianta insistir quando o cérebro travou. Parar por 5 min e respirar funciona melhor do que insistir por 30 min sem render nada.

• Mindfulness em pequenas doses – Nada de tentar meditar por 30 min (isso não rola para TDAH). Mas prestar atenção no sabor do café, na água do banho ou no som ambiente já ajuda.

• Descansar sem culpa – TDAH tem mania de achar que precisa estar sempre produzindo, mas descanso não é luxo, é necessidade.

🎯 Conclusão: O Jogo Não é Fácil, Mas Dá Para Jogar!

Ter TDAH, ansiedade, superdotação e tudo isso junto não é simples, e eu ainda estou aprendendo a lidar com isso. Mas descobri que pequenas mudanças fazem uma grande diferença. Não dá para lutar contra quem eu sou, então o jeito é adaptar minha rotina para que meu cérebro trabalhe a meu favor.

Se você também sente que sua mente é uma montanha-russa sem freios, tente algumas dessas dicas e veja o que funciona para você. No fim das contas, cada um tem seu próprio manual de instruções – só precisamos aprender a decifrá-lo. 😉

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