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TDAH e Mídias Sociais: Informar ou Desinformar?

por Ricardo Berger
TDAH e Mídias Sociais Informar ou Desinformar

Nos últimos anos, as redes sociais se tornaram uma das principais fontes de informação sobre saúde mental. Com a crescente popularidade de plataformas como TikTok e Instagram, é cada vez mais comum ver conteúdos sobre Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) viralizando e alcançando milhões de pessoas. No entanto, nem sempre a popularidade desses posts significa qualidade ou precisão nas informações compartilhadas.

O Crescimento do TDAH nas Redes Sociais

A hashtag #ADHD é uma das mais buscadas dentro do TikTok, principalmente entre adolescentes e adultos jovens. Essa exposição em massa tem um impacto duplo: por um lado, ajuda a reduzir o estigma sobre o transtorno e permite que muitas pessoas se identifiquem com os sintomas e busquem ajuda. Por outro, também pode levar a um fenômeno preocupante: o autodiagnóstico baseado em informações incompletas ou até mesmo incorretas.

Pesquisas apontam que grande parte dos vídeos sobre TDAH nessas plataformas contém informações erradas ou generalizações sem fundamento científico. Segundo um estudo publicado no Canadian Journal of Psychiatry, aproximadamente 52% dos 100 vídeos mais populares sobre TDAH no TikTok continham informações incorretas. Isso significa que mais da metade dos conteúdos consumidos sobre o transtorno pode estar promovendo desinformação.

O Perigo do Autodiagnóstico e da Romantização

Diferente de doenças diagnosticadas por exames objetivos, como diabetes ou câncer, o TDAH é um transtorno que se manifesta em um espectro. Ou seja, todos nós possuímos algumas características que podem estar associadas ao TDAH, mas isso não significa que todos tenham o transtorno de fato. Quando um vídeo descreve sintomas genéricos como “procrastinação” ou “dificuldade de organização”, muitas pessoas podem se identificar e concluir que têm TDAH sem passar por uma avaliação profissional.

Esse fenômeno também leva à romantização do TDAH, onde os desafios reais enfrentados por quem tem o transtorno são reduzidos a características “engraçadas” ou “peculiares”. Isso pode minimizar a gravidade da condição e dificultar o acesso de quem realmente precisa de um diagnóstico e tratamento adequado.

O Impacto dos Algoritmos na Desinformação

As plataformas de mídia social utilizam algoritmos que favorecem a exibição de conteúdos semelhantes aos já consumidos pelos usuários. Ou seja, se alguém assiste a um vídeo sobre TDAH, a plataforma continuará sugerindo outros vídeos similares, independentemente da precisão das informações contidas neles. Isso cria uma bolha de confirmação, onde o usuário é exposto repetidamente a conteúdos que reforçam uma mesma narrativa, sem questionamentos críticos ou embasamento científico.

Para agravar a situação, muitos criadores de conteúdo priorizam a monetização ao invés da precisão das informações. Perfis de grande alcance podem gerar receitas milionárias com vídeos virais, independentemente da veracidade do conteúdo. Esse cenário não é exclusivo do TDAH e já foi observado em diversas áreas, desde dietas “milagrosas” até negacionismo científico.

Como Consumir Informações com Responsabilidade?

Diante desse contexto, é essencial que os usuários adotem uma postura crítica ao consumir conteúdo sobre TDAH nas redes sociais. Algumas estratégias incluem:

  • Verificar a fonte: Prefira conteúdo de especialistas ou instituições reconhecidas na área.

  • Pesquisar mais de uma fonte: Não baseie seu conhecimento em um único vídeo ou post viral.

  • Consultar profissionais: Se suspeita ter TDAH, procure um profissional da saúde para uma avaliação adequada.

  • Desconfiar de soluções “fáceis”: O TDAH é um transtorno complexo que requer acompanhamento profissional. Qualquer promessa de “cura” ou tratamento rápido deve ser vista com cautela.

Conclusão

As redes sociais são uma ferramenta poderosa para disseminar conhecimento, mas também podem ser um terreno perigoso para a desinformação. No caso do TDAH, a popularização do tema trouxe tanto benefícios quanto riscos, tornando essencial que os usuários filtrem melhor as informações que consomem. Antes de tomar qualquer decisão sobre sua saúde mental baseada em um vídeo curto, lembre-se: consulte um especialista e busque fontes confiáveis!

Fontes:


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