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Vender um apartamento com TDAH e ansiedade: um relato real (e caótico)

por Ricardo Berger

Sabe aquela frase “vender um imóvel é um processo simples, só precisa de paciência”? Então… simples pra quem? Porque pra quem tem TDAH, ansiedade e um histórico de burnouts existenciais por qualquer coisa fora da rotina, esse tipo de burocracia pode ser o equivalente a… sprint final do BBB com todas as câmeras ligadas 24h.

Eu não sei se esse post é um desabafo, um pedido de ajuda ou só uma forma de registrar minha luta interna recente. Mas vamos lá.
Tô vendendo meu apartamento. Ou melhor… tentando vender. Porque o processo de “fechou a venda” até “entrou o dinheiro” virou uma montanha-russa emocional que eu não pedi pra estar, mas tô de cinto apertado até agora.


📉 O começo da novela

A venda foi acertada numa quinta-feira. Parecia tudo certo. A compradora ficou responsável por tirar a bendita certidão negativa de débito.
Beleza, né? É só esperar.

Só que aí veio o inferno silencioso:

  • Os dias passaram.

  • Teve feriado.

  • Ninguém me dava retorno.

  • A certidão não saía.

  • E minha mente já tava a mil: “ela desistiu”, “foi golpe”, “vou perder o aluguel”, “me ferrei de novo”.

Pra uma pessoa neurotípica isso pode ser só um “chato esperar”.
Pra mim, com TDAH + ansiedade, foi pânico paralisante disfarçado de cansaço.


🤯 Pane no sistema: eu tive

Nessa altura, minha cabeça já tava em looping.
Tentei não cobrar, tentei ser racional, mas a cada notificação que não era dela, minha ansiedade gritava:

“Você se ferrou de novo. Sabia. Tudo culpa sua.”

A realidade é que minha vida inteira eu tive dificuldade com processos longos.
Se não resolve rápido, meu cérebro entra em pane. Começa a queimar energia tentando “prever o pior cenário”, como se isso me protegesse.

Mas só me esgota.


🧘‍♂️ Respira. Faz parte do aprendizado.

O mais louco é que, mesmo com tudo isso, eu tô segurando a barra.

  • Teve dia que eu só consegui funcionar depois das 14h.

  • Teve manhã que eu quase liguei pro advogado chorando de raiva.

  • Teve noite que eu só queria deletar tudo e sumir do planeta.

Mas não fiz.
Tô aprendendo a deixar as coisas seguirem o fluxo. A confiar um pouco mais.
A reconhecer que meu cérebro funciona diferente, sim. E tudo bem. Não é preguiça, não é drama: é sobrevivência mental.


🧭 Por que estou escrevendo isso?

Porque ninguém fala sobre como processos “comuns” são violentos pra gente.
A galera fala sobre produtividade, organização, investimentos… mas ninguém prepara a gente pra o quão emocionalmente destruidor pode ser vender um imóvel quando você tem um cérebro hiperativo e emocionalmente frágil.

Se você se identificou, respira junto comigo.
Se não se identificou, que bom. Mas respeita quem vive isso.


💡 Conclusão: ainda não acabou. Mas eu também não.

Esse post não é “o fim da história”.
Ainda tô esperando resposta, ainda tô no meio do rolo.

Mas aprendi que:

  • Eu sou forte pra cacete (mesmo quando me sinto quebrado).

  • Eu posso me acolher mesmo sem saber o fim.

  • E que escrever isso aqui me ajuda. Muito.

Se você vive com TDAH, ansiedade ou qualquer outro transtorno que transforma tarefas simples em jornadas épicas…
Você não tá sozinho. E sim, a gente vai dar conta — nem que seja aos trancos, mas vai.

Tamo junto.
E sim, vou comemorar com um rodízio de pizza quando esse dinheiro cair. 🍕
(Não tô nem aí se vai ser terça-feira às 10h da manhã.)

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