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TDAH em crianças: como identificar os sinais, entender o transtorno e ajudar seu filho a florescer

por Ricardo Berger
TDAH em Crianças: Identificando, Entendendo e Gerenciando

O que você faria se descobrisse que seu filho não é preguiçoso, desatento ou malcriado — mas sim alguém com uma mente que funciona de forma diferente, única, intensa? Essa é a realidade de muitas famílias que convivem com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). E sim, entender o TDAH na infância pode mudar tudo.

Neste artigo, compartilho com você — de pai para pai, de neurodivergente para quem quer acolher melhor — as informações essenciais sobre o TDAH infantil: como identificar, diagnosticar e apoiar com empatia e estratégia.


O que é o TDAH em crianças?

O TDAH é um transtorno neurodesenvolvimental que afeta o desenvolvimento das funções cerebrais responsáveis pela atenção, controle de impulsos e regulação do comportamento. Em outras palavras, ele impacta a forma como a criança se organiza, reage emocionalmente e interage com o mundo.

Segundo a CHADD, cerca de 5% das crianças em idade escolar apresentam sintomas compatíveis com o transtorno. Isso significa que em cada sala de aula, ao menos um aluno pode estar enfrentando esses desafios — muitas vezes sem nem saber o porquê.


Principais sintomas do TDAH em crianças

Os sintomas do TDAH costumam se manifestar antes dos 12 anos de idade e podem ser divididos em três grandes grupos: desatenção, hiperatividade e impulsividade.

🧠 1. Sintomas de Desatenção

  • Esquecem materiais escolares, tarefas ou objetos com frequência.

  • Dificuldade em manter o foco por mais de alguns minutos.

  • Parecem não ouvir quando alguém fala diretamente com elas.

  • Evitam atividades que exigem esforço mental contínuo (como lição de casa).

  • Perdem brinquedos ou livros com facilidade.

Esses comportamentos costumam ser confundidos com desleixo, mas têm origem no funcionamento cerebral — não na má vontade da criança.

⚡ 2. Sintomas de Hiperatividade

  • Estão constantemente se mexendo, mesmo quando é esperado que fiquem quietas.

  • Falam demais, inclusive em momentos inadequados.

  • Correm ou sobem em lugares inapropriados com frequência.

  • Têm dificuldade em brincar ou realizar atividades calmamente.

Essa energia pode ser confundida com “mau comportamento”, mas é apenas a forma como o corpo tenta processar o excesso de estímulos internos.

🚨 3. Sintomas de Impulsividade

  • Interrompem conversas, respondem antes da pergunta ser concluída.

  • Dificuldade em esperar sua vez em jogos ou filas.

  • Tomam decisões impulsivas sem avaliar consequências.

Na escola, esses comportamentos podem gerar repreensões frequentes, isolamento e até exclusão — o que reforça sentimentos de inadequação desde cedo.


Como é feito o diagnóstico do TDAH em crianças?

O diagnóstico de TDAH não é simples e não deve ser feito por achismos ou testes online. É necessário consultar um psicólogo, neuropsicólogo ou psiquiatra infantil com experiência clínica.

O processo costuma envolver:

  • Entrevistas com pais e professores sobre o comportamento da criança.

  • Aplicação de escalas comportamentais padronizadas, como SNAP-IV.

  • Avaliação dos critérios do DSM-5, que exige a presença de sintomas por ao menos 6 meses em dois ou mais ambientes (ex: casa e escola).

  • Exclusão de outras causas possíveis, como ansiedade, dislexia, depressão infantil ou situações familiares traumáticas.

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor. O intervencionismo precoce reduz o impacto negativo na autoestima e no desenvolvimento social e acadêmico.


O que o TDAH NÃO é (e nunca foi)

  • ❌ Não é falta de disciplina.

  • ❌ Não é excesso de telas (embora isso possa piorar sintomas).

  • ❌ Não é uma “modinha” ou invenção recente.

  • ❌ Não é desculpa para comportamento inadequado.

É uma condição cerebral real, reconhecida internacionalmente por órgãos como a OMS e o CDC (Centers for Disease Control and Prevention).


Como ajudar uma criança com TDAH?

A boa notícia é: o TDAH pode ser gerenciado com sucesso. Isso exige um conjunto de estratégias, que variam conforme a idade, o tipo do transtorno e a intensidade dos sintomas.

🧩 1. Terapias comportamentais

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) infantil ajuda a criança a entender seus próprios impulsos e criar estratégias para lidar com eles.

  • Ensina habilidades sociais.

  • Ajuda no autocontrole.

  • Trabalha a autoestima e a autorregulação.

Em muitos casos, a orientação aos pais também faz parte da terapia.

💊 2. Medicamentos (quando necessário)

Os estimulantes, como o metilfenidato (Ritalina, Concerta), são os mais prescritos para regular a atenção e impulsividade.

⚠️ Medicamentos devem sempre ser indicados por um especialista e monitorados de perto. Nem toda criança precisa de remédio — e isso deve ser avaliado caso a caso.

🏫 3. Adaptações na escola

Escolas podem (e devem) realizar adaptações pedagógicas como:

  • Dividir tarefas grandes em partes menores.

  • Usar lembretes visuais e estímulos auditivos.

  • Permitir pausas curtas e frequentes.

  • Evitar punições públicas.

Um plano educacional individualizado pode ser solicitado, com base em laudo profissional.

🏠 4. Apoio dos pais

A família é o principal pilar no manejo do TDAH. Algumas atitudes ajudam muito:

  • Criar uma rotina previsível.

  • Reforçar comportamentos positivos (em vez de punir os negativos).

  • Usar listas, recompensas e jogos para organizar as tarefas.

  • Evitar comparações com irmãos ou colegas.

💡 A paciência, aliada ao conhecimento, muda completamente a relação da criança com ela mesma e com o mundo.


Convivendo com o TDAH: um convite ao acolhimento

O TDAH pode ser um desafio, sim — mas também pode ser uma descoberta de potência e singularidade. Crianças com TDAH são, muitas vezes:

  • Curiosas e cheias de ideias criativas.

  • Intensamente apaixonadas por temas que amam.

  • Capazes de pensar “fora da caixa” de maneira surpreendente.

O segredo está em acompanhar com empatia e estrutura. Dar o suporte certo hoje é garantir um futuro mais equilibrado amanhã.


Conclusão

Reconhecer os sinais do TDAH em crianças é um ato de amor, não de rótulo. Quando entendemos que aquela agitação, esquecimento ou impulsividade têm uma base neurológica, tudo muda. Passamos a acolher — e não corrigir. A guiar — e não apenas controlar.

Aqui no De Olho no Foco, criamos esse espaço para ser um farol em meio ao caos mental. Se você está nessa jornada, seja bem-vindo. E lembre-se: seu filho não está sozinho. E você também não.


📚 Fontes confiáveis:

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