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Tipos de TDAH: conheça as diferentes formas desse transtorno e como cada uma afeta o dia a dia

por Ricardo Berger
Tipos de TDAH Entenda as Diferentes Manifestações do Transtorno

Se você está começando a entender o que é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), talvez já tenha se deparado com a dúvida: por que algumas pessoas com TDAH são mais agitadas e impulsivas, enquanto outras parecem apenas muito distraídas e esquecidas? Isso acontece porque o TDAH não se manifesta de forma igual em todo mundo. Na verdade, ele é classificado em três tipos principais, e entender cada um é essencial para buscar o diagnóstico e o tratamento certos.

Neste artigo, explico de forma clara, com base em fontes confiáveis e também na minha própria vivência como neurodivergente, os três tipos de TDAH, seus sintomas típicos e como eles podem afetar a rotina.


Por que o TDAH tem diferentes tipos?

Segundo o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), o TDAH é um transtorno neurodesenvolvimental que pode se manifestar de maneiras diferentes, dependendo de quais sintomas predominam: desatenção, hiperatividade e impulsividade.

Essa classificação não serve apenas para fins clínicos. Ela ajuda a personalizar o tratamento e o suporte, já que cada pessoa vive o TDAH de forma única — com desafios e também pontos fortes específicos.


Os 3 tipos de TDAH: sintomas e particularidades

🧠 1. TDAH Predominantemente Desatento

Este é o tipo mais “silencioso”, muitas vezes passando despercebido — principalmente em meninas e mulheres, ou em adultos que foram rotulados por anos como “distraídos” ou “desmotivados”.

Sintomas mais comuns:

  • Dificuldade em manter o foco por longos períodos.

  • Tendência a esquecer tarefas, datas, compromissos importantes.

  • Facilmente distraído por estímulos externos ou pensamentos internos.

  • Cometer erros por descuido em provas, relatórios ou atividades simples.

  • Ter dificuldade em organizar atividades, planejar etapas e seguir rotinas.

Esse tipo pode ser confundido com preguiça ou desinteresse, o que contribui para autoestima baixa e um histórico de julgamentos injustos.

💡 Ponto de atenção: adultos com esse tipo de TDAH podem sofrer com procrastinação crônica, dificuldade em iniciar tarefas e acúmulo de pendências.


⚡ 2. TDAH Predominantemente Hiperativo-Impulsivo

Aqui, os comportamentos mais marcantes são físicos e verbais. Esse tipo costuma ser mais visível em crianças, mas também ocorre em adultos — só que muitas vezes disfarçado por ansiedade, inquietação interna ou busca constante por estímulo.

Sintomas mais comuns:

  • Fala excessiva e impulsiva, muitas vezes interrompendo os outros.

  • Inquietação física (mexer mãos, pés, mudar de posição frequentemente).

  • Dificuldade em permanecer sentado por muito tempo.

  • Atos impulsivos: tomar decisões sem pensar, fazer compras repentinas, interromper conversas.

  • Agir sem pensar nas consequências.

Esse tipo é o que costuma ser “mais fácil de identificar” em ambientes escolares, por chamar atenção.

💡 Ponto de atenção: a impulsividade pode causar conflitos sociais e arrependimentos frequentes, afetando relacionamentos e decisões importantes.


🔄 3. TDAH Tipo Combinado

Este é o tipo mais comum. A pessoa apresenta sintomas tanto de desatenção quanto de hiperatividade e impulsividade, afetando diversas áreas da vida — da produtividade até as relações sociais.

Sintomas mais comuns:

  • Distrair-se facilmente e ter dificuldade de se organizar.

  • Sensação constante de inquietação, mental e física.

  • Interrupções em conversas, fala rápida ou atropelada.

  • Procrastinação e impulsividade em sequência.

  • Baixa tolerância à frustração.

Esse tipo costuma exigir um plano de tratamento mais completo, pois os sintomas afetam múltiplos contextos ao mesmo tempo.

💡 Ponto de atenção: por envolver sintomas amplos, é comum que quem vive esse tipo enfrente comorbidades como ansiedade, depressão e burnout.


Diagnóstico: como saber qual é o seu tipo de TDAH?

O diagnóstico do TDAH deve ser feito por um profissional especializado, como psiquiatra, neuropsicólogo ou psicólogo clínico. O especialista vai avaliar:

  • Quais sintomas predominam e desde quando estão presentes.

  • Em que contextos eles ocorrem (trabalho, casa, escola).

  • Qual o grau de prejuízo funcional que causam.

  • Se há outras condições associadas.

Também pode ser feito um mapeamento neuropsicológico, dependendo do caso.

⚠️ Importante: Não se autodiagnostique com base apenas em vídeos, testes online ou listas de sintomas. Eles podem servir como ponto de partida, mas nunca substituem uma avaliação profissional.


Tratamentos mais indicados para cada tipo

Embora o tratamento seja individualizado, dependendo do tipo de TDAH algumas abordagens podem ser mais eficazes:

Tipo de TDAHTerapiaMedicaçãoEstratégias Complementares
DesatentoTCC focada em organização e focoEstimulantes (ex: Ritalina, Venvanse)Ferramentas de produtividade (Trello, Pomodoro)
Hiperativo-ImpulsivoTCC com ênfase em controle comportamentalEstimulantes e, às vezes, ansiolíticosMeditação, técnicas de respiração, exercícios físicos
CombinadoCombinação das duas abordagensTratamento medicamentoso + psicoeducaçãoOrganização do ambiente + suporte familiar/social

🔑 O mais importante é criar uma estratégia personalizada, que respeite o estilo de vida, os desafios e os talentos de cada pessoa.


Por que entender os tipos de TDAH muda tudo?

Saber qual é o seu tipo (ou do seu filho, cônjuge, amigo…) permite desenvolver mais empatia e estratégias realmente eficazes. Em vez de se frustrar com as dificuldades, você começa a enxergar o padrão por trás delas — e isso é libertador.

Além disso, entender o seu funcionamento mental ajuda a:

  • Reduzir o julgamento interno (“por que não consigo como os outros?”).

  • Reorganizar a rotina com mais realismo.

  • Pedir (e aceitar) ajuda com mais confiança.

  • Evitar soluções genéricas que não funcionam para você.


Conclusão

O TDAH tem muitas faces — e cada uma delas merece atenção, respeito e cuidado. Saber qual é o seu tipo é o primeiro passo para viver com mais leveza e funcionalidade. Não existe uma única forma de ser neurodivergente. Existe a sua forma, e ela pode ser compreendida, acolhida e desenvolvida.

Se você se identificou com algum dos perfis acima, busque uma avaliação. O conhecimento é um divisor de águas — e aqui no De Olho no Foco, você sempre vai encontrar apoio, informação e empatia nessa jornada.


📚 Fontes confiáveis:

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